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domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições Legislativas 2009

Hoje, dia 27 de Setembro é dia de Eleições.

São as legislativas de 2009.

Vota-se para a nova composição da Assembleia da República e para o novo Governo.

Já votou?

Não se esqueça que votar é um direito constitucional.

Só votando contribui para a democracia. Só através do "sentido do seu voto" pode elucidar os potenciais governantes do seu descontentamento, ou não, daquilo que têm feito pelo país.

Vote, nem que seja nulo!

As Urnas estão abertas a partir das 8h e encerram as portas às 19h

No gráfico abaixo encontra a sondagem da Universidade Católica para estas eleições.

Não se esqueça, uma sondagem é apenas uma previsão. Se não concorda com ela, vote e talvez mude o resultado!

Carlos Sargedas na 1ª pessoa - ArtTur de Barcelos

Bom Dia

Após esta 1º experiência quero desde já dizer-vos que depois de estar 4 dias a acompanhar o festival e ver todos os filmes que fizeram parte da selecção escolhida pelo Júri Internacional fiquei sinceramente mais honrado pela escolha e atribuição desta Menção Honrosa.

Eu não sabia que em 178 filmes e vinte categorias apenas eram votados o 1º lugar de cada categoria, ou seja havia 158 filmes que não levavam prémio nenhum.

Depois, o júri decidiu atribuir uma Menção Honrosa ao meu filme "Viva uma experiência extraordinária em Lisboa" na Categoria Destinos, em que ficou um filme da Índia em 1º lugar. Pela forma original como apresento o destino Lisboa, mas também referindo que todos os meus trabalhos foram seleccionados para a selecção Oficial do Festival.

De referir que esta competição é quase na sua totalidade realizada pelas GRANDES Produtoras internacionais e os principais filmes produzidos para as regiões de turismo dos países, ou seja, depois de comparar todos estes factores, cheguei á conclusão que esta menção honrosa é muito mais do que parece.

Estes 20 filmes e duas Menções Honrosas, assim como os seus concorrentes, passam a ser listados nos cerca de 52000 agentes de Turismo internacional espalhados pelo Mundo como uma referência.

De referenciar que tive a rara oportunidade de estar lado a lado com Zbigniew Zmudski que ganhou um Órcar em Hollyood este ano pelo seu excelente trabalho em filmes de animação, nomeadamente pela obra "Pedro e o lobo", tento estado com os bonecos e pudendo manipulá-los e verificar como funciona este tipo de produção.

De destacar a possibilidade de falar para a audiência e explicar o meu trabalho, aproveitando a oportunidade de mostrar e falar de Sesimbra e no projecto que já estou a desenvolver sobre o Cabo Espichel, não deixando de surpreender a plateia internacional ao mostrar a beleza de Sesimbra e o Cabo Espichel através dos meus filmes.

No final fui muito aplaudido e até muitos vieram ter comigo solicitando cartão de contacto, facto que muito me orgulhou, pois, estava entre os melhores e muitos com mais de 30 anos de carreira no sector.

A grande esperança que trago é o poder continuar o meu trabalho e assim conseguir começar a ter alguns apoios, também financeiros para ajudar a suportar os elevados custos destas produções.

Um abraço
e obrigado pelo vosso apoio e divulgação
Carlos Sargedas









A nós resta-nos agradecer a informação em primeira mão e enviar daqui um abraço de parabéns! Tu mereces!

Anime Música, nova temporada

Xutos e Pontapés comemoram 30 anos


Projecto novos desafios

Porque o futuro passa pela integração...



Desde Março de 2002, com a entrada do Programa Escolhas em Mira Sintra, o trabalho em Parceria, que já era uma prática das instituições locais foram intensificadas e, de certa forma, fortalecido pela dinâmica inovadora introduzida do Programa.

Constatou-se que problemas comuns e transversais às diferentes instituições, cuja solução era dada parcialmente por cada instituição, de forma isolada, respondiam apenas a parte do problema. Esta situação permitia, através de um trabalho comum e em parceira, responder apenas a partes dos problemas.

É importante destacar que Mira Sintra apesar de uma freguesia recente tem problemas antigos. O desaparecimento do Programa Escolhas e as actividades desenvolvidas pelos seus técnicos, provocou grandes perdas na comunidade, promovendo um sentimento de retrocesso nas conquistas até então alcançadas.

Um pouco instigados por esse desejo de valorizar o que até aqui se conquistou, e um pouco pelo interesse manifestado pelos próprios utentes que “reclamaram” o direito de continuidade do trabalho que com eles foi iniciado, aceitou-se esse NOVO DESAFIO.

Desta forma, o assegurar da continuidade das actividades que, tendo sido implementadas no terreno, foram reconhecidas pelas instituições e pelo publico alvo como tendo sido eficientes e eficazes, são uma prioridade do projecto. No entanto, a aposta num espaço que possa responder às necessidades locais a nível das aprendizagem não formais, surge como uma mais valia neste projecto.

Assim sendo são desenvolvidas actividades como:

*GAP - Gabinete de Apoio Psicológico: como objectivo avaliar e acompanhar os jovens com NEE e Problemas Comportamentais e de integração social;

* Criação de um Espaço LUDOS: aberto aos destinatários do projecto, pedagogicamente estruturado, onde se desenvolverão actividades escolares não directivas, e que privilegia as actividades educativas, num contexto de experimentação prática dos conhecimentos adquiridos na escola.

* Ateliers Formativos: como forma de promover competências e saberes que permitam dar uma maior competitividade no plano profissional.

* Actividades de acompanhamento durante as interrupções lectivas (férias)

* Trabalho com a População Cigana

* Clube de Jovens

* Formação de Professores e

* Actividades Desportivas.






Casa Seis – Associação para o Desenvolvimento Comunitário
- Entidade Gestora e Promotora do Projecto
- Presidente da Direcção: Dr. Georges Casula
- Morada: Rua Fundação Dom Pedro IV, lote 3, loja, Mira Sintra, 2735-592 Cacém
- Telefone: 219188431/2
- Fax: 219188433
- Email: casaseis@gmail.com

Em prol da multiculturalidade


A TSF e a emigração - contributo




Gente como Nós é uma janela aberta para a multiculturalidade e riqueza social das comunidades que vivem em Portugal. É um programa produzido em parceria entre a TSF e o Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural que procura sensibilizar a opinião pública para as questões de integração e acolhimento. "Estórias" de vida, reportagens e informação temática...

Gente como Nós, com edição de Carlos Raleiras.
Todos os Domingos, às 13h10.

Fonte: http://tsf.sapo.pt

Porque a emigração importa

Portugal emigrante, Portugal Tolerante.

A emigração assume especial significado para Portugal ou, não fossemos nós um país de emigrantes. O País que deu mundos ao mundo não pode nunca esquecer a sua interdependência e a sua responsabilidade para com a emigração.

Deixo-vos algo de importante do que por cá se faz.




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Trabalho Infantil





Será que o trabalho infantil é sempre trabalho infantil? Isto é, todo o trabalho realizado por uma criança tem a conotação negativa que a acção em si mesma comporta?

Ou será que à trabalhos que não são considerados "trabalho infantil"?

São por serem trabalhos com projecção social significativa como os filmes? E os outros são-no apenas por serem filhos da pobreza. Será que o trabalho infantil é visto da mesma forma de acordo com as "classes sociais"?

Pois, de facto existe uma grande hipocrisia em volta do conceito de trabalho infantil.

É óbvio que o trabalho infantil sob coação e exploração é condenável. Disso ninguém duvida!

Porém, existem alguns tipos de trabalho, como o de actor, por exemplo, em que os miúdos são submetidos a verdadeiro trabalho forçado, trabalhando várias horas durante o dia mas, como é giro e "in" ser actor, modelo e outras coisas que tais, é óbvio que aqui já não existe trabalho infantil (ironia). Temos até casos em que, para além de serem explorados fisicamente, os miúdos são ainda roubados no caché, enfim...

Pois, quanto a mim, seria bom que algumas pessoas se deixassem de hipocrisias. O trabalho dignifica as pessoas. O trabalho responsabiliza os jovens. Dá-lhes a noção de economia e das dificuldades da vida. Os bens não caiem do céu!

Por vezes, o trabalho dos jovens serve até para ajudar a economia familiar e, muita gente por esse mundo fora bem precisa.

Portanto, é preciso dizer a verdade com todas as letras. Todo o trabalho infantil, seja ele qual for, desde que exercido sob coação e em condições deploráveis é ou devia ser crime.

Se o trabalho infantil é exercido com vontade pelo próprio, com bom senso por parte dos adultos, com uma carga horária em função da idade e visa incutir princípios de responsabilidade e/ou de entreajuda familiar, o trabalho infantil é útil, é benéfico e prepara os jovens para a vida.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dia Mundial Para a Preservação da Camada de Ozono



O Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozono, comemorado a 16 de Setembro de cada ano, é uma oportunidade para uma reflexão conjunta e concertada sobre a necessidade de realização de acções e adopção de comportamentos que contribuam para a protecção do velho protector dos seres vivos na Terra.Os primeiros sinais de convalescença da atmosfera vieram a imprimir mais força a todos aqueles que lutam, incansavelmente, para a reconstituição integral do velho protector dos seres vivos na Terra. Para quem lida directamente com a problemática da protecção da camada do ozono, é gratificante saber que as medidas que vêm sendo tomadas no quadro do Protocolo de Montreal têm vindo a surtir os efeitos preconizados, e isso dá-nos mais força para continuarmos.

Tapetes de Beiriz - Porque o que é nacional é extraordinário






Os Tapetes de Beiriz são uma forma de artesanato tradicional da Póvoa do Varzim.

São manufacturados em teares de madeira. Os tapetes de lãs cortadas, são trabalhados nos pontos que os tornaram célebres (ponto de Beiriz, ponto estrela e ponto zagal), apresentam desenhos originais com flores como tema predominante. Este incrível tapete tem como característica única o facto do seu desenho poder ser visto pelo avesso.

A história do tapete de Beiriz remonta a um passado relativamente recente. Data do início do século XX e foi ideia de Hilda d'Almeida Brandão Rodrigues Miranda, nascida em 1892 e falecida em 1949. Constituiu uma fábrica em Beiriz em conjunto com uma ajudante. Começaram a produção da tapeçaria e foram enriquecendo com o ponto por elas inventado, o "nó de Beiriz", que se tornaria famoso, após a sua morte, a fábrica passa para a mão de familiares mas acaba por falir em 1974.

Mais tarde, em 1988, um casal, José Ferreira e Heidi Hannamann Ferreira, recomeçam a produção destes tapetes, recrutando as artesãs da antiga fábrica.

São tapetes notáveis premiados e com demanda nacional e internacional, levando a que os preços oscilem entre 160 a 250 euros por metro quadrado. Os tapetes de Beiriz decoram o Palácio Real dos Países Baixos e edíficios públicos portugueses. O Teatro de São Carlos, em Lisboa, orgulha-se de possuir uma excelente colecção destes tapetes. Um, não, dois desses tapetes podem observar-se no Salão Nobre.

Fonte: http://lendasetradicoes.blogs.sapo.pt

Dinossauros de Espichel concorrem a Património Mundial



A jazida de pegadas de dinossáurio da Pedra da Mua, no Cabo Espichel, em Sesimbra, pode vir a ser classificada como Património da Humanidade da UNESCO. O Museu Nacional de História Natural está envolvido na preparação de uma candidatura ibérica que engloba três jazidas portuguesas e cinco espanholas. Paleontólogos do Instituto Catalão de Paleontologia e da Universidade de Manchester já estiveram no terreno para digitalizar as pegadas com recurso a uma tecnologia inovadora em Portugal.

A tecnologia laser utilizada pelos paleontólogos vai permitir, mais tarde, criar mapas das pegadas em três dimensões. «Quando fazemos trabalho de campo, criamos mapas em papel, a duas dimensões, que depois utilizamos para fazer comparações. Com mapas em 3D, vai ser possível fazer uma análise mais objectiva das pegadas e mesmo descobrir pormenores de que até agora não nos tínhamos apercebido», explica Vanda Santos, paleontóloga do Museu de História Natural. A candidatura ibérica Dinosaurs on a Drifting World a Património da Humanidade da UNESCO engloba também, em Portugal, as jazidas de Galinha (Ourém/Torres Novas) e Vale de Meios (Santarém).

Vanda Santos acredita que, se a jazida da Pedra da Mua obtiver este «selo de qualidade», será mais fácil conseguir apoios para continuar os estudos nesta zona e transformar a informação existente e a que vier a ser descoberta em material pedagógico. «Em Portugal, fala-se muito pouco dos geosítios. Há imensa informação que tem que passar lá para fora», sublinha. Até porque já «há vários trabalhos publicados sobre a jazida do Espichel, mas muita informação está em inglês», argumenta. O trabalho de investigação do Museu de História Natural em torno da jazida da Pedra da Mua, em que Vanda Santos está envolvida desde o início, começou em 1990. Ao longo dos anos, os investigadores puderam prosseguir os trabalhos com o apoio de vários projectos da Fundação Gulbenkian e mesmo da Câmara de Sesimbra, e publicaram já algumas obras sobre o local.

Fonte: www.sado2000.pt

Rota e Feira do café em Marvão





Rota e Feira do café em Marvão

Já decorreu mas foi extremamente interessante. Para quem não teve conhecimento da iniciativa aqui fica a divulgação. Para o ano há mais.

O Marvão por si só é admirável. Aproveite um passeio familiar e visite o Marvão. Se a isso juntar o aroma e o sabor do café então é ouro azul, digo eu!

A inauguração, domingo de manhã, dia 13, tem concentração prevista no adro da Igreja dos Galegos, às 09:00, povoação da ria que é ponto de chegada e de partida do percurso, numa extensão de sete quilómetros.

"Veredas e caminhos sinuosos, altas paredes de granito, provocaram o eterno jogo do gato e do rato, praticado durante décadas por guardas e contrabandistas", lembrou a autarquia, explicando que o contrabando era "transportado às costas, por quadrilhas que podiam atingir largas dezenas de pessoas". As quadrilhas percorriam os "trilhos acidentados" daquela região da raia e, às patrulhas da guarda, "cabia adivinhar qual a hora" e o "mapa" que os contrabandistas "utilizariam nessa noite".

O primeiro passeio oficial por este antigo roteiro, que passa também pelo vizinho município espanhol de Valência de Alcântara, está integrado na primeira Feira do Café, que está a decorrer em Marvão até dia 13. A feira, promovida pela Associação Industrial e Comercial do Café, em conjunto com o município local, nasce da "necessidade de consagração do café, enquanto produto que marca a cultura, os hábitos sociais e alimentares da população portuguesa", explicaram hoje os organizadores.

Especificamente em Marvão, segundo a organização, o café "desempenhou um papel importante na economia local", pela localização geográfica da zona "na intercepção de rotas comerciais ibéricas relevantes" e pela presença "no espaço do actual concelho de fábricas de torrefacção". O certame tem por objectivo "afirmar o café enquanto produto chave no desenvolvimento económico de Marvão e do país, com impacto social e cultural relevante, de âmbito nacional", asseguram ainda os promotores.

Nos três dias do certame, vão estar representadas as várias áreas e sectores de impacto da actividade ligada àquele produto, começando pela produção, com a presença institucional dos maiores países produtores de café e do Centro de Investigação das Ferrugens do Cafeeiro. No capítulo da comercialização, a feira conta com as marcas de café a operar no mercado nacional e, ao nível da torrefacção, vão estar expostos artefactos de produção das fábricas que existiram em Marvão.

Através da decoração de estabelecimentos comerciais da vila, vai ser evocada a importância social do café, recriando o papel dos cafés na política, na literatura, na vida dos estudantes e nas relações sociais e familiares locais. Colóquios, com profissionais de saúde, para o esclarecimento de mitos inerentes ao consumo de café e divulgação dos respectivos benefícios, assim como exposições de trabalhos feitos com elementos relacionados com aquela bebida, são outros dos atractivos do certame.

Fonte: www.hardmusica.pt

domingo, 13 de setembro de 2009

Plantar árvores adianta?



Plantar árvores é melhor que não plantar. Plantar árvores é preferível a destruí-las! Platar árvores certamente minimiza o problema mas, será que plantar árvores adianta?

Os parágrafos abaixo, são textos retirados de outros sites. As fontes encontram-se no final da matéria.

Virou moda plantar árvores para neutralizar as emissões de carbono e reduzir a culpa-ambiental das empresas. Por isso toda vez que você ouvir a expressão “Neutralização de Carbono” ligue o alerta! Neutralizar as emissões de CO2 na atmosfera não se resume a plantar árvores e também não é uma solução e sim uma forma de amenizar o problema. Isso é, a estratégia ideal que uma empresa deve adotar para causar menos impacto ao planeta, deve ser preventiva, reduzindo a emissão de gases e resíduos, e não corretiva, tentando neutralizar com plantação de milhares de árvores o que se consumiu e gerou sem culpa.

Essa matéria é muito importante para você nunca mais cair na conversa de grandes empresas que divulgam com o peito estufado que reflorestaram dezenas de hectares para neutralizar suas emissões de carbono. “Agora somos uma empresa verde” São nada! Por dois motivos:

Primeiro é a história da culpa. Que adianta uma grande corporação que tem centenas de milhares de funcionários e fornecedores que fazem seu trabalho sem responsabilidade ambiental, sem pensar no lixo que está gerando, na água que está gastando, no uso excessivo de insumos, plantarem algumas árvores para ficarem ok com o meio ambiente (ou seria com o consumidor?). Aí o funcionário que não entende de nada, que faz seu trabalho da forma como sempre fez, sabe que no final do mês a empresa vai dar um jeito na poluição toda que ele fez, plantando árvores. Imagine aquelas centenas de milhares de funcionários e fornecedores pensando assim.

Agora, o segundo motivo: plantar árvores NÃO vai neutralizar TODA a emissão da empresa de VÁRIOS anos em um único dia.

“Quando uma árvore cresce, ela absorve o gás carbônico presente na atmosfera pelo processo de fotossíntese, para formar seu corpo. Assim acaba reduzindo a concentração desse gás que contribui para o efeito estufa. O problema é que as árvores levam muito tempo para absorver o CO2 que emitimos em um curto espaço de tempo.” ¹

“Outra coisa que você deve saber é que existem três espécies de árvores que podem ser utilizadas na neutralização: as de crescimento lento (jatobá), as de crescimento médio (cumaru) e as de crescimento rápido (paineira). Qual o problema? O problema é que crescimento rápido para uma árvore quer dizer que ela vai levar uns 20 anos para começar a neutralizar o carbono na atmosfera. Não me parece uma solução tão rápida.”

“Além disso, não haveria no planeta espaço suficiente para se plantar a quantidade de árvores necessária para se neutralizar toda emissão mundial, já que cada tonelada de carbono equivale a cerca de cinco árvores.”

Um real programa de neutralização de carbono para uma empresa não é simplesmente sair plantando árvore por aí, sem sequer saberem quanto de carbono emitem. É preciso contratar uma empresa especialista para calcular quanto de CO2 é emitido, e aí sim, fazer um plano de redução de emissões, redução de consumo de matérias primas, substituição de combustíveis fósseis por renováveis, aumento da eficiência energética dos processos, tratamento dos gases de processos industriais, diminuição do desmatamento, entre outras soluções. Neutralização de verdade é diminuir a emissão e compensar com plantio só aquilo que não é possível reduzir.

Vale lembrar também que o plantio de árvores não neutraliza a emissão de outros gases do efeito estufa, somente do CO2. Um exemplo é o gás metano (CH4), vinte e cinco vezes mais poluente que o CO2, e emitido principalmente pela decomposição do lixo e digestão de animais ruminantes como as vacas.

Por isso esqueça aquela história que plantar árvores vai acabar com o aquecimento global e compensar a poluição que você gerou. Não vai! As formas corretas e preventivas para ajudar a tornar o planeta mais habitável para nossas gerações futuras seriam: desligar as luzes, economizar água, evitar o uso excessivo do papel, fazer coleta seletiva e reciclagem do seu lixo, dar preferência a produtos ecológicos que consumam menos energia e sejam feitos por empresas ambientalmente responsáveis, escolher produtos orgânicos, trocar o carro pela bicicleta ou pelo transporte coletivo, abolir as sacolinhas de plástico, trocar as lâmpadas, tirar os aparelhos da tomada… e por aí vai.

Fontes:

¹ Mundo Jovem

² HiperCritica

Pesquisa feita por Andrea Mieko

Tráfico de Seres Humanos



Tal como no passado o trabalho escravo e as redes de prostituição
constituem neste momento, um dos negócios mais lucrativos em todo o mundo.

Os números são os mais diversos, uma coisa é certa: o tráfico de seres humanos continua próspero em todo o mundo.

Números oficiais em Setembro de 2004 deste comércio macábro:

- 12 000 milhões de euros é o lucro anual do tráfico de seres humanos no Mundo.
- 30 000 euros é o ganho médio estimado com o comércio de cada ser humano.

Trabalho escravo

Milhões imigrantes ou refugiados acabam todos os anos nas garras de organizações mafiosas que os escravizam.

O esquema repete-se em todo o lado. Quando os imigrantes ou os refugiados chegam aos países de destino, as mafias locais começam por lhes ficar com a documentação. Depois obrigam-nos a trabalhar em condições miseráveis e ficam-lhes com grande parte do que recebem. O pretexto é que devem pagar a dívida da viagem, o alojamento, o suborno das autoridades locais, etc. Em pouco tempo estes imigrantes percebem que nunca chegarão a pagar a dívida que supostamente contraíram no início do processo e que não pára de aumentar. Isolados, desconhecendo a língua do país de acolhimento, sem documentação ou em situação ilegal tornam-se presa fácil de máfias que operam a uma escala cada vez mais global.

Os casos repetem-se em todos o continentes e países.

Portugal é referenciado como um dos países onde as máfias traficam pessoas oriundas da Ex-União Soviética (Ucrânia, Moldávia, Rússia, Roménia, Lituania, Bielorrúsia), mas também do Brasil. Serve igualmente de plataforma para o tráfico para outros países, como a Grã-Bretanha.

Em Inglaterra, a imprensa tem denunciou, em Maio de 2003, a existência de milhares de emigrantes portugueses escravizados por mafias locais.

Tráfico de Crianças

A OIT afirma que actualmente cerca de 8,4 milhões de crianças são directamente exploradas por redes que se dedicam à prostituição e escravatura (Dados de Junho de 2003).

A utilização de crianças em conflitos armados, continua a ser uma prática muito frequente, sobretudo em África. Na Serra Leoa, por exemplo, são raptadas e obrigadas a combater como soldados em grupos rebeldes. Alguns grupos armados chegam inclusivé a marcá-las para que não possam fugir. Muitas são igualmente usadas para detectar e limpar minas. Raparigas com menos de 10 anos, servem de companhia a soldados.

É impressionante a extensão das redes de trafico de crianças para a prostituição. Muitas destas crianças são mortas em práticas sexuais, nomeadamente nos países ditos mais desenvolvidos.

Em Portugal, em 2003, o país acordou para um pesadelo, ao descobrir que numa instituição pública de crianças - Casa Pia - as suas crianças alimentavam uma rede de pedófilos. Esta rede actuava desde os anos 70 na mais completa impunidade.

Em todo o mundo cerca de 246 milhões de crianças (73 milhões com menos de 10 anos) são usadas em todo o tipo de trabalhos, nomeadamente para a produção de produtos para grandes marcas internacionais (Dados de OIT, Junho de 2003). .

Crianças no Mundo

O panorama é aterrador. Calcula-se que em todo o mundo cerca de 860 milhões de crianças estejam a sofrer. 400 milhões de crianças afectadas pela desnutrição. Antes dos cinco anos 11 milhões acabam por morrer de fome. A cada minuto que passa, uma criança nasce infectada com o HIV e uma outra morre devido ao virus. 211 milhões são obrigadas a trabalhar, algumas em regime de escravatura. (ONU, Maio de 2006)

Tráfico de Mulheres

Muitas mulheres são raptadas, outras são simplesmente iludidas por a promessa de uma vida melhor. O fim para milhões delas é conhecido: a prostituição ou a escravatura. As páginas da imprensa internacional enchem-se destes casos:

Mulheres do leste da Europa após serem violadas e drogadas são forçadas a prostituírem-se na Itália, Alemanha e outros países. A maioria das vezes estas mulheres são atraídas pela promessa de empregos bem pagos e depois são enganadas. Muitas sabem que vão para para trabalhar em bares de alterne, mas desconhecem as regras como o negócio funciona, nomeadamente a retenção de documentos e retribuições.

Em Portugal tem sido impressionante o aumento do tráfico mulheres oriundas de países do Leste europeu, nomeadamente da Ucrânia, Rússia e Moldávia, e da América do Sul.

O tráfico de seres humanos está amplamente espalhado por toda a União Europeia. Estima-se que cerca de 75 mil mulheres brasileiras sejam exploradas sexualmente na Europa (Estimativas oficiais em Setembro de 2004)

Mulheres do sudoeste asiático que trabalham como domésticas no Golfo Pérsico acabam por ser violadas pelos seus patrões.

Escravatura Moderna

Economia da Escravidão
"Há escravos na maior parte do mundo, definitivamente no teu. E tu não podes pensar que isso não é uma preocupação tua: provavelmente comes, vestes ou brincas com produtos que podem estar ligados ao trabalho escravo. Estás implicado na economia da escravidão, gostes ou não.", in, Colors (Revista da Benetton, Janeiro de 2003).

Estas notícias já não escandalizam ninguém, tão banalizadas que estão pelas inúmeras reportagens jornalísticas que têm explorado este filão. Nem sequer nos espanta a estimativa avançada pela Colors, de que existem 27 milhões de pessoas vendidas como escravos em todo o mundo.

O que nos surpreende neste caso é que os números sejam tão pequenos.

Será que foram contabilizados as crianças que diariamente são traficados para estâncias de turismo sexual ? As jovens vendidas pelas famílias como prostitutas para bordeis ? Os imigrantes clandestinos obrigados a escravizaram-se para poderem sobreviver? As mulheres forçadas a casarem-se com quem não desejam? Aquelas que vivem sob coacção e tratadas como escravas? Os toxicodependentes escravizados a troco de doses de droga? Etc. Etc.

Fonte: Carlos Fontes

A Pesca do Espadarte - História

Deixo-vos este interessante relato histórico sobre a pesca do espadarte que encontrei na net, bem como, algumas fotos da época.






Ao promover a pesca desportiva ao espadarte em aiolas, recuperando essa valiosa tradição sesimbrense, única no género em Portugal, o Clube Naval de Sesimbra teve por objectivo dinamizar o "big-game fishing" e simultaneamente honrar a memória e a figura do principal «obreiro» dessa actividade nos mares de Sesimbra.
José Pinto Braz, nasceu em Sesimbra em Agosto de 1922 e cedo se iniciou na indústria hoteleira, aproveitando as belezas naturais de Sesimbra, as bonitas praias, a riqueza piscícola e dando azo às suas "vistas largas".

A pesca desportiva ao espadarte iniciou-se em 30 de Outubro de 1954, quando Manuel Frade capturou um espadarte com 153 kg, ao fim de uma luta que durou três horas e quarenta e cinco minutos, que lhe deu a honra de iniciar a pesca desportiva do espadarte nos mares de Sesimbra, uma das melhores áreas do mundo, e ao mesmo tempo ser o primeiro homem a capturar desportivamente, com cana e carreto, um espadarte no Atlântico Europeu.
Os excelentes resultados que se seguiram nos anos seguintes por um grupo de pescadores desportivos, com destaque para o Prof. Arsénio Cordeiro, levaram José Braz a desenvolver uma ideia e um projecto.

Em Julho de 1957 inaugurou um moderno estabelecimento hoteleiro, que designou de Pensão Espadarte e que mais tarde aumentou para 80 quartos passando a designar-se Hotel Espadarte. José Braz viajou por toda a Europa divulgando a imagem turística de Sesimbra através de filmes, fotos dos peixes capturados, brochuras escritas em vários idiomas e emblemas e galhardetes dos famosos espadartes. Da França à Finlândia, Inglaterra, Bélgica, por toda a Europa, José Braz promoveu os momentos inesquecíveis e de maior impacto no turismo de Sesimbra.

A partir de 1958 José Braz dedica uma grande parte do seu esforço à organização de saídas para a pesca do espadarte, tubarão e atum. Pode afirmar-se que foi um dos poucos e verdadeiros impulsionadores da pesca desportiva e do turismo à época. Em 1968 foi-lhe atribuído pela Câmara Municipal de Sesimbra um voto de louvor como reconhecimento do trabalho de promoção turística da Vila de Sesimbra.
Sesimbra obteve em 1958 e ainda mantém ao fim de 42 anos, dois recordes da Europa e do Atlântico Ocidental, o maior espadarte e a captura de dois espadartes no mesmo dia pescados pelo mesmo pescador, Augusto Vilas Boas, respectivamente com 259,5 kg e 144,5 kg.

A enorme quantidade de peixes capturados, a eficiência e seriedade, levou a que Sesimbra fosse considerado o principal porto de "big-game fishing" da Europa, através de referências elogiosas dos pescadores, jornalistas, revistas da especialidade e pela própria IGFA International Game Fish Association.
A partir de 1976 José Braz muda-se para a Madeira e passa a organizar saídas de pesca desportiva com assinalável êxito comercial. Este pioneiro do turismo sesimbrense partiu para sempre, mas deixou-nos uma memória que o Clube Naval de Sesimbra, o seu clube, não quis deixar de homenagear publicamente com a realização deste I Torneio de Pesca ao Espadarte José Pinto Braz.

Também tem de ser realçado o importante papel dos pescadores profissionais, "skippers" ou remadores, cuja acção tinha e tem uma elevada quota de responsabilidade no sucesso das capturas. Nos períodos entre Junho e Novembro, muitas saídas eram realizadas, e nas aiolas, uma pequena embarcação com um par de metros e um par de remos, dois pescadores, um desportivo com uma cana e carreto e outro profissional com a sua arte de remar, lutavam com um gladiador do mar, que muitas das vezes terminava vitorioso. A energia, a vontade de vencer e alguma técnica fazia com que por vezes, ao fim de uma árdua luta, recheada de manha e batalhar, o "Xiphias gladius" fosse derrotado.

Nas palavras de Louis Tchertoff «a pesca ao espadarte à moda de Sesimbra não é para fracotes». O peixe é enfrentado com o conjunto de pesca, cana e carreto, um bom remador e um pequeno barco, no meio do oceano. Tentamo-nos manter sentados no pequeno assento de madeira com o rabo dormente, para sermos despertados por um breve desenrolar do carreto. O espadarte irá dar com a espada na chaputa, que serve de isco, para o matar, voltando depois para o comer. Depois, é preciso derrotar esse gladiador que nunca mais se cansa e apresenta diversas "manhas" para sair vitorioso.

Em toda estes inolvidáveis momentos de pesca, seria imerecido não recordar alguns dos nomes de pescadores profissionais, como o de António Vicente, o mestre «Guiné», a família dos Ratos, o mestre António da Olímpia, o Manuel Graça, o José Capitão, o Pedro Bolota, o Zé da Calma, o Jonas, o Carlos Piló e tantos outros, que ao longo destas décadas de pesca, com a sua generosidade e saber deram assistência e informações aos pescadores desportivos possibilitando o sucesso da saída. Hoje, são ainda alguns desses valentes homens que nos ajudam e entusiasmam.

Os objectivos do Clube Naval de Sesimbra na pesca desportiva ao espadarte passam pela recuperação da valiosa tradição, pescando sem espírito competitivo, mas como um dever de recuperar à memória estas saudosas tradições da Vila de Sesimbra, sabendo que não é fácil capturar o espadarte mas prometendo teimosia suficiente para vencer o desalento, o cansaço e manter a esperança até ao próximo duelo vitorioso, que, quem sabe se não será em 8 de Outubro de 2000.
Nos mares de Sesimbra, com a toponímia dada pelos pescadores profissionais, de Estradinha, Mangão, Mar Novo ou Canto d’ água, o "Xiphias Gladius", o nosso rei do "big-game", continua à espera dos duelos que o Naval de Sesimbra e alguns intrépidos pescadores desportivos e profissionais lhe poderão possibilitar.
Depois, a aplicação das regras da Billfish Foundation, "catch and release", apanhar e largar, o Espadarte de Sesimbra, gladiador dos mares, poderá ficar descansado, pois não será içado e continuará a nadar por esses mares até à próxima batalha.

No passado fim de semana realizou-se o IV Torneio de Pesca ao Espadarte José Pinto Braz, que contou com a participação de várias equipas e individuais. A maior parte das embarcações escolheu a zona a Sul de Sesimbra, onde tentaram capturar um dos espadartes que tem sido vistos nos últimos tempos, beneficiando de uma temperatura da água elevada e condições de mar azul. Apesar de não terem sido capturados espadartes, nos primeiro lugares classificaram-se: Robalo I / C.N.S.; Sophia e Andaluzia.

Venceu o torneio a equipa da casa, Robalo I / C.N.S. que capturou um anequim em cada um dos dois dias da prova, conseguindo 3 pontos na classificação final. Esta equipa era composta por Lino Correia, Diogo Correia, Carlos Bravo e Francisco Pereira.

Em segundo lugar ficou a equipa da embarcação Sophia, um "charter" residente em Cascais, mas que também opera em Sesimbra, cujo "Skipper" é Walter Canelas, antigo Campeão do Mundo de Pesca Desportiva de Alto Mar. A Sophia está dotada dos mais modernos meios e equipamentos para a pesca desportiva de alto mar, com toda a comodidade e segurança. Em terceiro lugar ficou a equipa do Andaluzia capitaneada pelo "Skipper" Luís Santos e da qual faziam parte Geny Braz e Humberto Freitas, excelentes pescadores de alto mar e de grandes peixes na ilha da Madeira, que prometeram fazer melhor no próximo ano. Além de outros participantes, a prova contou com o apoio da Barca Santiago e do Navegador, para a logística e segurança, bem como para a comunicação social e amigos do Torneio José Pinto Braz.

De salientar a espectacularidade dos saltos acrobáticos dos anequins e uma menção para duas lutas superiores a uma hora com dois anequins que acabaram por vencer os pescadores desportivos, em grande parte pela capacidade e força deste peixes, face ao tipo de material de pesca utilizado.

O encontro de "skippers" bem como o jantar de entrega de prémios decorreram no restaurante Pedra Alta do Hélder Chagas, que sabe bem receber os amigos e visitantes de Sesimbra, apaixonados pela pesca desportiva e belezas naturais de Sesimbra, que contou com muitas presenças amigas e que sabem o papéis desempenhado pelo José Pinto Braz no passado e pelo Clube Naval no presente, no desenvolvimento do turismo de qualidade para Sesimbra. O menu como não podia deixar de ser teve como prato principal um delicioso espadarte grelhado.

Até para o ano
José Pinto Braz - 2003

Lembram-se do Hotel Espadarte?

No artigo anterior sobre a Quinzena gastronómica do Espadarte faz-se referência ao Hotel com o mesmo nome.

Muitos de Vós certamente estão recordados que o então Hotel Espadarte se encontrava situado no local onde, hoje, está implantado o Sana Sesimbra.

Deixo-vos esta foto que encontrei na net.

Quinzena Gastronómica do Espadarte



A Quinzena Gastronómica do Espadarte está de regresso de 12 e 27 de Setembro. Este ano, o certame conta com a participação de 44 restaurantes e apresenta 83 deliciosas receitas.

Até 1950 não há registo de capturas de espadartes por pescadores amadores em Portugal. Em 30 de Outubro de 1954, Manuel Frade pesca o primeiro exemplar desta espécie, com 153 quilos, nas águas de Sesimbra. Seguiram-se as grandes pescarias de Arsénio Cordeiro, médico e professor catedrático que foi o grande responsável pela divulgação da pesca desportiva de alto mar em Sesimbra e, particularmente, desta espécie que se tornou numa referência gastronómica da vila e deu, inclusivé, nome a uma unidade hoteleira.

Em 2007, durante o festival Marés de Outono, a Câmara Municipal, em colaboração com as associações de comerciantes, organizou a primeira Quinzena.

Fonte:CMS

Artur Vaz - Resenha biográfica

A Direcção da Ecos D'Art teve a amabilidade de me enviar uma breve resenha sobre o escritor e jornalista Artur Vaz, presidente da associação desde a sua fundação, bem como, uma foto de um quadro da autoria da pintora Marina Fátima (vice-presidente da direcção) retratando o Artur Vaz. Aqui deixo os meus agradecimentos.



Jornalista e escritor, Artur Tavares de Oliveira Vaz nasce em Lisboa em 1952. De tenra idade veio para Almada, onde criou profundas raízes. É autor de vários textos de divulgação e crítica publicados em diversos periódicos. Em 1989 participa nas I Jornadas de Estudos Sobre o Concelho de Almada, com a comunicação intitulada “O Liberalismo – Sua Adesão e Resistência Popular” e em 1991 estende a sua actividade à rádio, sendo autor de vários programas de âmbito histórico-local na então Rede A Rádio Almada, merecendo largos elogios pela intervenção didáctica que teve junto das escolas, por divulgar casos e factos de Almada. Defensor de uma informação regional viva e activa, participa em 1992 no 1.º Congresso de Comunicação Social do Distrito de Setúbal, onde marca posição de destaque, face à sua experiente ligação com a comunicação social escrita e falada. Fundador da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, está representado na SPA – Sociedade Portuguesa de Autores e é membro da APE – Associação Portuguesa de Escritores. Em 1996 é novamente convidado a participar nas II Jornadas de Estudos Sobre o Concelho de Almada, onde apresenta uma curiosa comunicação sobre o pintor seiscentista Domingos Vieira “o Escuro”, artista vinculado a Almada.

Vencedor em 2002 do Prémio Ensaio LASA no 4.º Concurso Literário Internacional Manuel Maria Barbosa du Bocage, com um ensaio biográfico sobre o maior poeta do nosso romantismo. Em 2003 é distinguido, por unanimidade da vereação do município de Almada, com a Medalha de Prata de Mérito Cultural, pelo valioso contributo prestado à cultura como ensaísta. No ano de 2004 funda, no concelho de Sesimbra, a ECOSD’ART – Associação Cultural, sendo eleito presidente da Direcção nos biénios de 2004 – 2005; 2006 – 2007 e 2008 – 2009. Defensor dos ideais do movimento rotário, Artur Vaz aceitou o convite para integrar o Rotary Club de Azeitão, sendo eleito secretário para o ano de 2009-2010.

Referenciado nas antologias: Literatura Actual de Almada (1998), 100 Anos Federico García Lorca – Homenagem dos Poetas Portugueses (1998), Antologia da Poesia Erótica (1999), Abril Depois de Abril – Poemas (2001), O Sonho de Paz na Rua dos Poetas (2003), Almad’Abril (2004), Gente de Letras Com Vínculo a Almada – Bio-Bibliografias (2005), In Memoriam Natália Correia (2006), Alma(Da) Nossa Terra - Antologia de Poetas Almadenses (2006), Index Poesis – Colectânea de Poesia (2006), 25 Olhares de Abril (2008) e Almad’Abril II (2009).

A sua obra é constituída pelos seguintes títulos: Poemas 1.ª edição (1976), – 2.ª edição Ilustrada (1994), Almada-Lugar de Oiro (1983), Almada – Apontamentos para a sua monografia (1989), Monumentos de Almada – Inventário 1.ª edição (1986), – 2.ª edição revista e aumentada (1989), Cova da Piedade e os seus monumentos (1988), Os Vinhos da outra Banda (1992), O liberalismo – sua adesão e resistência popular (1993), São Lourenço de Brindes – Um vulto Vinculado a Almada (1994), Subsídios do Associativismo Almadense – Breve Panorâmica Biográfica (1995), Bulhão Pato – Esboço Bio-Bibliográfico (1996), Reflexões sobre a Igreja de Nª Sª da Assumpção, dita de Santa Maria do Castelo (1997), Domingos Vieira “O Escuro” 1.ª edição (1996), – 2.ª edição revista e aumentada (1999), Bilhetes Postais-Crónicas 1991 – 1996 (1999), Amália Rodrigues – A rainha e a deusa do Fado (1999), António Henriques 1915 – 1992 Subsídios para uma biografia 1.ª edição (2000), – 2.ª edição evocativa do seu 85º Aniversário (2001), Mário Soares – A Coerência e Determinação de um obreiro da Liberdade e da Democracia em Portugal (2001), Almada Gente Nossa – Entrevistas (2001), Calamento de Romeu Correia: uma abordagem crítica (2002), Bocage – Elmano Sadino, Breve perfil biográfico (2002), Trilhos de Poesia (2003), Natália Correia – Escritora do Amor e da Liberdade (2003), A Casa das Palavras – Crónicas (2004), Cantinhos e Memórias do Concelho de Almada (2005), Almada Gente Nossa – Entrevistas Volume II (2007) e Tributos – poemas (2009).

Está em preparação para ser editada no ano de 2010 uma biografia sobre ÁLVARO VALENTE, primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários do Montijo e fundador da Liga dos Bombeiros Portugueses

Plano de Actividades Ecos D'Art 2009 - 2010



PLANO DE ACTIVIDADES ANO 2009/2010

* Exposições de Arte.
* Promoção e divulgação dos Associados.
* Intercâmbio com várias Associações e Instituições.
* Dar continuidade ao Prémio literário “ A Força das Palavras” e ao “Concurso Quadras Populares”, cujo objectivo é a descoberta de novos valores, bem como o incentivo à leitura e à escrita entre a camada estudantil e, inclusive, a outras faixas etárias.
* Abrir horizontes culturais, promovendo excursões a museus e galerias.
* Efectuar passeios a monumentos, com objectivo da valorização e preservação do património.
* Manter os sócios informados das iniciativas culturais tais como: exposições, concursos, bienais, feiras de arte, seminários e workshops.
* Realizar iniciativas em parceria com a Câmara de Sesimbra, de modo a dar cumprimento ao protocolo assinado com a autarquia.
* Fazer parcerias com várias instituições públicas e privadas em actividades pontuais.
* Emitir ao final de cada ano um Boletim Informativo.
* Como membro do CLAS definir como objectivos prioritários actividades culturais de apoio aos idosos, em intercâmbio com outros parceiros do CLAS, em acções enquadradas no programa social para o Município.
* Actividades com intuito de redução de comportamentos de isolamento em idosos, aumentado o serviço qualitativo da acção do CLAS pelos parceiros
* Ser um ouvinte atento no intuito de fazer encaminhar as vontades das pessoas idosas.
* Levar mensagens de optimismo com vista a um “amanhã mais feliz ” com iniciativas literárias aumentando assim o seu bem-estar psicológico.
* Acções directas com os materiais, ajudando a mobilidade, como:

- Pintura/tintas
- Papel/colagens
- Barro/modelagem
- Canetas/desenho e escrita
- Agulhas/ponto cruz

* Oferecer sessões de acordeão, incentivando o cântico e evitando a ansiedade e a depressão. O âmbito destas actividades centraliza-se no espaço territorial da Freguesia da Quinta do Conde, tendo como perspectiva o seu alargamento a todo o Concelho, sendo instituições prioritárias O Centro Comunitário, Lar Cantinho da Esperança e a Casa Repouso O Miminho da Avozinha.

Programa da autoria e gentilmente cedido pela Direcção da Ecos D'Art

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Fome e miséria

Esta é uma foto extraordinariamente escandalosa!

Porém, a sua beleza estética enquanto imagem em si mesma, rivaliza com a, infeliz e degradante condição humana!

Só me ocorre invocar as palavras do poeta Vicente Gil, "...mas às crianças Senhor porque lhes dais tanta dor..."

Nenhuma pessoa do mundo devia ser submetida a tanta provação! Permitir que alguém morra de fome é ultrajante!

Neste mundo, produzem-se diariamente alimentos que dariam para dar de comer a todas as pessoas do planeta, 14 vezes por dia.

Um blindado, dava para construir uma escola!

Um avião de guerra, um hospital!

Porém, continuam a morrer pessoas sem explicação.

Porquê?


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Paz no mundo



Poema para a paz no mundo!

Os poetas reuniram-se com carácter de urgência;
É preciso decidir como iremos intervir p'ra deter a violência !
É tempo de construir muralhas de amor e fé,
É URGENTE quebrar armas e moldar flores nas ruas,
Dos sorrisos das crianças fazer renascer esperanças.
É URGENTE reunir! É URGENTE decidir!
E porque há democracia... chamaram a Poesia!
Reuniu muitos poetas e pediu opiniões
Ordenou-lhes que escrevessem a todos os corações
Redigiu tantos decretos em nome de tanta gente
E em todos decretou: Parar a guerra é URGENTE!!
Ficou então decidido que as armas se calariam
Que se escreveriam versos com as pontas dos canhões
Que se fariam mais pontes para ficarmos mais perto
Que o amor seria oásis no longínquo deserto
Que os aviões ao passarem, deixariam cair rosas
Que seriam como folhas de poemas e de prosas
Que as crianças não sofriam porque o ódio terminou
E finalmente aprendiam que o amor triunfou
***
E as palavras dos poetas reunidos de emergência
Formaram versos sem rima condenando a violência!
A Poesia ficou mais bela, forte e segura
Porque à guerra apresentou esta MOÇÃO DE CENSURA!!

Alexandrina Pereira
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Poesia - Paz no Mundo
Escrito por Alice Galvão
Ter, 14 de setembro de 2004 11:28

A paz no mundo começa dentro de mim,
quando me aceito, de corpo e alma,
e reconheço meus defeitos, com paciência e calma,
E, em vez de me fragmentar em mil pedaços,
me coloco inteiro no que penso, sinto e faço,
passageiro no tempo e no espaço,
sem nada para levar que possa me prender,
sem medo de errar e com muita vontade de aprender.
A paz no mundo começa entre nós,
quando eu aceito o teu modo de ser,
sem me opor ou resistir e reconheço as virtudes ,
do outro sem invejar ou fazer das diferenças.
A paz no mundo começa quando as palavras se calam,
e os gestos se multiplicam,
Quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura,
Quando se repudia a doença e se enaltece a cura,
Quando se combate a normalidade .
que virou loucura e se estimula o desejo de melhorar a humanidade,
de construir uma outra sociedade,
com base numa outra relação,
em que amar é a regra, e não mais a exceção.

Autoria de Celina Miranda.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Carlos Sargedas na ArtTur de Barcelos

De 23 a 27 de Setembro de 2009 realiza-se em Barcelos o Festival ART&TUR.



O motivo que me leva a falar neste Festival é o facto do "Fotógrafo e artista", Carlos Sargedas, nele ter participado com 5 filmes.

Desses, 3 integram a selecção oficial a concurso.

Mais importante ainda foi a decisão do júri em atribuir Menção Honrosa ao filme "Viva uma Experiência extraordinária em Lisboa".

O Carlos participa com um filme sobre Sesimbra que se aguarda seja também um dos 3 escolhidos.

Seja como for, com esta actuação o Carlos dá a conhecer aos quatros cantos do país e do mundo, o Concelho de Sesimbra e, aquilo que aqui se faz de melhor.

O Carlos teve a gentileza de me ceder o filme ao qual foi atríbuida a Menção honrosa.

Façam o favor de apreciar.

Exposição Ecos D'Art 1 a 12 de Setembro 2009

A Ecos D'Art realiza mais uma exposição "Festa das Cores" no Cine Teatro João Mota.

Segundo pude apurar e espero não deixar ninguém de parte, estão presente os seguintes pintores:

- Rute Filipe;
- Alexandrino;
- Marina Fátima;
- sara Matos;
- Jaime Fidalgo;
- Ana Maria Godinho;
- Josefina Guedes;
- Eduardo Patarrão;
- Maria Adelaide Fonseca;
- António Lisardo;
- Anabela Santos;
- Maria Celeste Canongia;
- Fátima Alface;
- Fernanda Marialva;
- Fernanda Amorim;
- André Semblano;
- Pedro Buissel;
- Canvas;
- Nadeszda Uspenskaya.

Sinceramente não gostei e não me refiro aos artistas. Não gostei do espaço. Já não é a primeira vez que sinto isso, ao visitar exposições no Cine Teatro.

Ainda que o objectivo fundamental dos artistas seja dar a conhecer os seus trabalhos, o hall de entrada parece-me pouco adequado. É pequeno, não dá às obras o destaque merecido.

Aqui fica o alerta!

Para quando um espaço digno onde todos os artistas deste concelho e todos os que aqui querem expôr o possam fazer com a dignidade que merecem?




Vitorino e Mafalda Arnaud

O excelso Vitorino e, a mais jovem mas, não menos talentosa, Mafalda Arnaud.

Mafalda - 25 de setembro às 21:30;
Vitorino - 9 Outubro às 21:30.





Dois grandes da música portuguesa a ver ou a rever no Cine Teatro João Mota.

Vera Silva expõe na Onda Jovem de Sesimbra



“Vera Mónica dos Santos Silva, nasceu em Lisboa, a 21 de Agosto de 1985. Desde muito cedo as pessoas que a rodeavam perceberam o fascínio que lápis e papéis lhe suscitavam [...]. Toda a sua infância foi rodeada por elementos do mundo da arte, talvez por ter contacto muito próximo com o reconhecido historiador e antigo director da Torre do Tombo, Jorge Borges de Macedo, e por os próprios pais coleccionarem livros sobre arte, principalmente pintura. [...] Todo este interesse levou-a para a Escola Artística António Arroio, [...] onde se tornou numa das melhores alunas na área de desenho. Teve aqui o primeiro contacto com o desenho de figura humana e aprofundou o desenho de retrato, [...]. Em 2006 ingressou como sócia na Sociedade Nacional de Belas Artes. Frequentou a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, [...]. Frequenta hoje a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, com um conceito e forma de ensino totalmente diferente da Universidade do Porto, considera que os dois sistemas se complementam, ajudando-a a encontrar os seus caminhos e a crescer ainda mais enquanto artista e ser humano.”

Texto escrito por Vitor Silva e Câmara Municipal de Odivelas.

Fonte: Blog da Vera Silva

Festa da música de 18 Julho de 2009 - Mais fotos

Deixo-vos mais algumas fotos da festa da música de dia 18 de Julho de 2009.
Gentilmente cedidas por Carlos Sargedas.

Slide Album: Festa música 18 Julho

Povoado da idade do Bronze em Sesimbra



Fonte: Jornal Nova Morada

Aniversário do Clube Naval de Sesimbra



Fonte: Jornal Nova Morada

Pedro Figueiredo



O Pedro Figueiredo dispensa apresentações.

É um jovem talento do nosso concelho na área do golfe.

Tem um excelente palmarés a nível nacional e internacional e é uma esperança do futuro do golfe português.

Fruto da sua excelência foi convidado por várias universidades americanas para aí desenvolver os seus estudos quer académicos quer na área do golfe.

No dia 10 de Setembro deste ano ruma aos EUA para a UCLA, universidade pela qual acabou por se decidir.

Parabéns Pedro!

domingo, 6 de setembro de 2009

Cartas para meditarmos


Carta ao Presidente Bush de Mia Couto
(27-3-2003)

A legitimidade da guerra no Iraque numa carta de Mia Couto dirigida ao Presidente George W. Bush.

Senhor Presidente:

Sou um escritor de uma nação pobre, um país que já Mia Couto, Moçambiqueesteve na vossa lista negra. Milhões de moçambicanos desconheciam que mal vos tínhamos feito. Éramos pequenos e pobres: que ameaça poderíamos constituir ? A nossa arma de destruição massiva estava, afinal, virada contra nós: era a fome e a miséria...

Alguns de nós estranharam o critério que levava a que o nosso nome fosse manchado enquanto outras nações beneficiavam da vossa simpatia. Por exemplo, o nosso vizinho - a África do Sul do "apartheid" - violava de forma flagrante os direitos humanos.

Durante décadas fomos vítimas da agressão desse regime. Mas o regime do "apartheid" mereceu da vossa parte uma atitude mais branda: o chamado "envolvimento positivo". O ANC esteve também na lista negra como uma "organização terrorista!". Estranho critério que levaria a que, anos mais tarde, os taliban e o próprio Bin Laden fossem chamadas de "freedom fighters" por estrategas norte-americanos.

Pois eu, pobre escritor de um pobre país, tive um sonho. Como Martin Luther King certa vez sonhou que a América era uma nação de todos os americanos. Pois sonhei que eu era não um homem mas um país. Sim, um país que não conseguia dormir. Porque vivia sobressaltado por terríveis factos. E esse temor fez com que proclamasse uma exigência. Uma exigência que tinha a ver consigo, Caro Presidente. E eu exigia que os Estados Unidos da América procedessem à eliminação do seu armamento de destruição massiva.

Por razão desses terríveis perigos eu exigia mais: que inspectores das Nações Unidas fossem enviados para o vosso país. Que terríveis perigos me alertavam? Que receios o vosso país me inspiravam? Não eram produtos de sonho, infelizmente. Eram factos que alimentavam a minha desconfiança. A lista é tão grande que escolherei apenas alguns:

- Os Estados Unidos foram a única nação do mundo que lançou bombas atómicas sobre outras nações;

- O seu país foi a única nação a ser condenada por "uso ilegítimo da força" pelo Tribunal Internacional de Justiça;

- Forças americanas treinaram e armaram fundamentalistas islâmicos mais extremistas (incluindo o terrorista Bin Laden) a pretexto de derrubarem os invasores russos no Afeganistão;

- O regime de Saddam Hussein foi apoiado pelos EUA enquanto praticava as piores atrocidades contra os iraquianos (incluindo o gaseamento dos curdos em 1998);

- Como tantos outros dirigentes legítimos, o africano Patrice Lumumba foi assassinado com ajuda da CIA. Depois de preso e torturado e baleado na cabeça o seu corpo foi dissolvido em ácido clorídrico;

- Como tantos outros fantoches, Mobutu Seseseko foi por vossos agentes conduzido ao poder e concedeu facilidades especiais à espionagem americana: o quartel-general da CIA no Zaire tornou-se o maior em África. A ditadura brutal deste zairense não mereceu nenhum reparo dos EUA até que ele deixou de ser conveniente, em 1992;

- A invasão de Timor Leste pelos militares indonésios mereceu o apoio dos EUA. Quando as atrocidades foram conhecidas, a resposta da Administração Clinton foi "o assunto é da responsabilidade do governo indonésio e não queremos retirar-lhe essa responsabilidade";

- O vosso país albergou criminosos como Emmanuel Constant um dos líderes mais sanguinários do Taiti cujas forças para-militares massacraram milhares de inocentes. Constant foi julgado à revelia e as novas autoridades solicitaram a sua extradição. O governo americano recusou o pedido;

- Em Agosto de 1998, a força aérea dos EUA bombardeou no Sudão uma fábrica de medicamentos, designada Al-Shifa. Um engano? Não, tratava-se de uma retaliação dos atentados bombistas de Nairobi e Dar-es-Saalam;

- Em Dezembro de 1987, os Estados Unidos foi o único país (junto com Israel) a votar contra uma moção de condenação ao terrorismo internacional. Mesmo assim, a moção foi aprovada pelo voto de cento e cinquenta e três países;

- Em 1953, a CIA ajudou a preparar o golpe de Estado contra o Irão na sequência do qual milhares de comunistas do Tudeh foram massacrados. A lista de golpes preparados pela CIA é bem longa.

- Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA bombardearam: a China (1945-46), a Coreia e a China (1950-53), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo (1964), o Peru (1965), o Laos (1961-1973), o Vietename (1961-1973), o Camboja (1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983), Líbano (1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua (1980), o Irão(1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a Somália (1993), a Bósnia (1994-95), o Sudão (1998), o Afeganistão (1998), a Jugoslávia (1999).

- Acções de terrorismo biológico e químico foram postas em prática pelos EUA: o agente laranja e os desfolhantes no Vietname, o vírus da peste contra Cuba que durante anos devastou a produção suína naquele país.

- O Wall Street Journal publicou um relatório que anunciava que 500 000 crianças vietnamitas nasceram deformadas em consequência da guerra química das forças norte-americanas.

Acordei do pesadelo do sono para o pesadelo da realidade. A guerra que o Senhor Presidente teimou em iniciar poderá libertar-nos de um ditador. Mas ficaremos todos mais pobres. Enfrentaremos maiores dificuldades nas nossas já precárias economias e teremos menos esperança num futuro governado pela razão e pela moral. Teremos menos fé na força reguladora das Nações Unidas e das convenções do direito internacional. Estaremos, enfim, mais sós e mais desamparados.

Senhor Presidente:

O Iraque não é Saddam. São 22 milhões de mães e filhos, e de homens que trabalham e sonham como fazem os comuns norte-americanos. Preocupamo-nos com os males do regime de Saddam Hussein que são reais. Mas esquece-se os horrores da primeira guerra do Golfo em que perderam a vida mais de 150 000 homens...

O que está destruindo massivamente os iraquianos não são as armas de Saddam. São as sanções que conduziram a uma situação humanitária tão grave que dois coordenadores para ajuda das Nações Unidas (Dennis Halliday e Hans Von Sponeck) pediram a demissão em protesto contra essas mesmas sanções. Explicando a razão da sua renúncia, Halliday escreveu: "Estamos destruindo toda uma sociedade. É tão simples e terrível como isso. E isso é ilegal e imoral". Esse sistema de sanções já levou à morte meio milhão de crianças iraquianas.

Mas a guerra contra o Iraque não está para começar. Já começou há muito tempo. Nas zonas de restrição aérea a Norte e Sul do Iraque acontecem continuamente bombardeamentos desde há 12 anos Acredita-se que 500 iraquianos foram mortos desde 1999. O bombardeamento incluiu o uso massivo de urânio empobrecido (300 toneladas, ou seja 30 vezes mais do que o usado no Kosovo).

Livrar-nos-emos de Saddam. Mas continuaremos prisioneiros da lógica da guerra e da arrogância. Não quero que os meus filhos (nem os seus) vivam dominados pelo fantasma do medo. E que pensem que, para viverem tranquilos, precisam de construir uma fortaleza. E que só estarão seguros quando se tiver que gastar fortunas em armas.

Como o seu país que despende 270 000 000 000 000 dólares (duzentos e setenta biliões de dólares) por ano para manter o arsenal de guerra. O senhor bem sabe o que essa soma poderia ajudar a mudar o destino miserável de milhões de seres. O bispo americano Monsenhor Robert Bowan escreveu- lhe no final do ano passado uma carta intitulada "Porque é que o mundo odeia os EUA?"

O bispo da Igreja Católica da Florida é um ex--combatente na guerra do Vietname. Ele sabe o que é a guerra e escreveu: "O senhor reclama que os EUA são alvo do terrorismo porque defendemos a democracia, a liberdade e os direitos humanos. Que absurdo, Sr. Presidente ! Somos alvos dos terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana...

Somos alvos dos terroristas porque somos odiados. E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas. Em quantos países agentes do nosso governo depuseram líderes popularmente eleitos substituindo-os por ditadores militares, fantoches desejosos de vender o seu próprio povo às corporações norte-americanas multinacionais ? E o bispo conclui: O povo do Canadá desfruta de democracia, de liberdade e de direitos humanos, assim como o povo da Noruega e da Suécia.

Alguma vez o senhor ouviu falar de ataques a embaixadas canadianas, norueguesas ou suecas? Nós somos odiados não porque praticamos a democracia, a liberdade ou os direitos humanos. Somos odiados porque o nosso governo nega essas coisas aos povos dos países do Terceiro Mundo, cujos recursos são cobiçados pelas nossas multinacionais."

Senhor Presidente:

Sua Excelência parece não necessitar que uma instituição internacional legitime o seu direito de intervenção militar. Ao menos que possamos nós encontrar moral e verdade na sua argumentação. Eu e mais milhões de cidadãos não ficamos convencidos quando o vimos justificar a guerra. Nós preferíamos vê-lo assinar a Convenção de Quioto para conter o efeito de estufa. Preferíamos tê-lo visto em Durban na Conferência Internacional contra o Racismo. Não se preocupe, senhor Presidente.

A nós, nações pequenas deste mundo, não nos passa pela cabeça exigir a vossa demissão por causa desse apoio que as vossas sucessivas administrações concederam apoio a não menos sucessivos ditadores. A maior ameaça que pesa sobre a América não são armamentos de outros. É o universo de mentira que se criou em redor dos vossos cidadãos.

O perigo não é o regime de Saddam, nem nenhum outro regime. Mas o sentimento de superioridade que parece animar o seu governo. O seu inimigo principal não está fora. Está dentro dos EUA. Essa guerra só pode ser vencida pelos próprios americanos. Eu gostaria de poder festejar o derrube de Saddam Hussein. E festejar com todos os americanos. Mas sem hipocrisia, sem argumentação e consumo de diminuídos mentais. Porque nós, caro Presidente Bush, nós, os povos dos países pequenos, temos uma arma de construção massiva: a capacidade de pensar.

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